Todos os dias estou aqui para falar sobre produtos de beleza e sobre como eles nos ajudam nos sentirmos mais belas, mais confiantes. Vemos na televisão uma série de programas que mostram como transformações no modo de vestir, na cor, no corte de cabelo e na maquiagem podem contribuir para o resgate da auto-estima perdida ao longo de anos de trabalho árduo e de maternidade. Há de fato casos em que a conquista da beleza exterior tem o poder de tocar o fundo da alma, de mover sentimentos mais profundos.
Entretanto, acredito que esses casos de transformação existem apenas quando há no íntimo daquela mulher uma chama esquecida, a fé em si mesma. Em algum momento da vida aquela confiança dsapareceu e um profissional da beleza pode ajudá-la a esquecer as críticas e as regras exteriores que fizeram com ela perdesse sua auto-estima, desde que não a oriente a ser como deve ser segundo a moda e a ensine a ver a si mesma de forma mais generosa e positiva.
Quantas meninas e mulheres de todas as idades vemos por aí dizendo "Eu não sou bonita", "Preciso perder 10 kg para entrar num biquini", "meu cabelo é ruim", "não vou à praia porque tenho celulite demais", "meu nariz é péssimo", "quem me dera se eu pudesse usar...", "adoraria usar batom vermelho, acho lindo, mas não combina comigo", "não uso batom porque minha boca é grande demais", "não uso batom porque minha boca é pequena demais"... ?
No meu blog, o comentário campeão em frequência é: "queria usar, fica lindo em você, mas em mim fica horrível". Sempre me perguntei porque as leitoras me dizem isso... Será que as coisas que elas mais gostam só ficam boas nos outros? Por que combinam comigo e não com elas? Será que o fator que mais influencia na hora de escolher o que vestir e como se maquiar é mesmo o tom de pele, a cor do cabelo, a cor dos olhos, o tipo físico ou é o medo de errar, o medo de parecer ridícula aos olhos dos outros - os mesmos outros que criaram regras de beleza?
Sempre me perguntei que merda é essa de "cabelo ruim"? Como assim "cabelo ruim"? Cabelo não tem consciência, cabelo não tem vontade, não tem intenção, não tem caráter, não tem moral, não tem padrão estético. Como o cabelo pode ser bom ou ruim? Então, quando alguém diz que tem "cabelo ruim", pode ter caído no engano infantil de achar que o problema está no cabelo e não no padrão estético limitado de uma sociedade altamente exclusiva e racista.
Para muita gente essa projeção é uma obviedade. Como sempre digo a meus alunos, é o resultado do processo de socialização, que interioriza e naturaliza, nos indivíduos, valores, crenças, regras e padrões que lhes são externos, adquiridos, não inatos, não absolutos e, portanto altamente variáveis de sociedade para sociedade e numa mesma sociedade ao longo do tempo. Como cientista social, sei que o que chamamos de realidade, de verdade, de bom ou de ruim, de belo ou de feio são frutos de construção social. Portanto, esses conceitos são relativos aos sistemas sócio-culturais aos quais pertencem.
Por outro lado, como professora e cidadã, vejo que, apesar do multiculturalismo para o qual caminham muitas sociedades atualmente, grande parte das pessoas caminham em direção ao absoluto, dependem de certezas, verdades prontas e acabadas; que é muitas vezes mais fácil aceitá-las que questioná-las. É mais fácil ver uma mulher sofrer por não se sentir bela, adequada e inteligente e continuar sofrendo por perseguir em vão os padrões vigentes que vê-la assumir seus gostos e valores e criar sua própria beleza e inteligência, apesar dos padrões vigentes. Acredito que só as que conseguem fazer isso realmente têm ESTILO, pois ter estilo não é igual a "estar na moda", é ter personalidade, magnetismo e força que emanam de dentro para fora e se traduzem num tipo diferente de beleza que o do "corpo perfeito".
Com isso não quero dizer que as mulheres não devam se transformar, pintar os cabelos, alisá-los, fazer plásticas, tatuagens ou o que quer seja. Quero dizer apenas que elas são livres para fazer tudo isso, mas que antes devem examinar a razão de seus desejos de mudança exterior: insegurança e desejo de ser aceita, custe o que custar, ou segurança e desejo de se expressar como é, apesar dos pesares?
Quando a razão é a insegurança, a mudança do cabelo não acaba com o sentimento de "não sou boa ou bela o suficiente", não de maneira definitiva, pois sempre haverá um novo defeito a "corrigir". Quando a razão é a segurança, a mulher percebe que será mais feliz ao valorizar o que tem de melhor (na sua própria visão) que entrar na luta inglória e perigosa de eliminar radicalmente "defeitos", "imperfeições". Nessa luta é frequente que a mulher perca sua autenticidade, sua característica mais preciosa, justamente aquele traço que a distinguia das demais. Quantas vezes acompanhamos "celebridades" e percebemos que, quanto mais "belas" ou "corrigidas", mas infelizes e vazias parecem?
Então, amiga, quando você me diz que tem "cabelo ruim" eu digo a você que ruim é a sua visão sobre ele. E pergunto: o que é a beleza? (continua amanhã...)
Na foto, a compositora, pianista, cantora e ativista dos direitos humanos Nina Simone. Fonte: http://www.high-priestess.com/gallery.html
44 comentários:
adorei o post!!!!
bjs,
Raquel
Concordo com vc flor rss
afinal tem muitas coisas q não sãoquestão de beleza ou estética, mas sim de auto estima né? rs
To passando pra deixar bjocas grandes e desejar um bom domingo rs
bjo amiga
Ler um texto assim, num domingo assim... É essa a escrita que faz com que os blogs de beleza valham a pena. Viver a beleza e pensar a beleza! =)
Seu texto me lembra diariamente de porque diariamente eu volto aqui! =)
Menina, que puxão de orelha, hein? A carapuça serviu pra mim, pq to sempre reclamando do meu cabelo, do meu quadril, das minhas pernas... Mas eu entendi seu texto (excelente, por sinal), e concordo com a sua opinião.
No meu caso, devo dizer, as reclamações não são baseadas nas imposições sociais - embora estas tenham sua influência, sim.
Sempre me achei meio "do contra", indo na direção oposta ao que todo mundo usa ou faz, mas certas coisas eu acabo entrando na dança pq são coisas q fazem com q eu me sinta melhor. No final das contas, o que realmente me influencia a fazer qualquer mudança ou ter qualquer desejo relativo à beleza é o espelho. Qdo ele me mostra q está tudo certo, o resto é resto.
Beijos!
Oii!
Deixei uma tag para você lá no meu blog, se ainda não respondeu, passa lá? ;)
http://tortademenina.blogspot.com/
xoxo ;*
Vinha.
Karen,
ótimo texto!
Adorei a veia militante em prol de uma recuperação da auto estima que não esteja fundamentada no exterior, mas no interior!
Aliás, coincidentemente, caiu como uma luva nas reflexões que tenho tido ultimamente...
Bjs e ótima semana!
Ai que legal, acabei de fazer um desabafo no blog da Veramente Bella hihihi, sei lah, hoje tive um dia tão maravilhoso, recebi tantas instruções que me deixaram com muito que pensar. Sobre tudo que tenho visto nos últimos dias na blogosfera. Comprar, comprar e comprar é o que eu tenho feito ultimamente, começei a ficar meio chateada com tudo isso, amo comprar, mas eu tenho meus próprios gostos, minhas próprias maneiras de me vestir e de ousar, por que fazer o que essa ou aquela blogueira recomenda? Fiz 3 compras carinhas eu diria, por que umas blogueiras que eu tenho bastante confiança usaram e disseram que para elas 'deu certo' e eu fui correndo comprar. Comigo deu errado. Pago até hoje por essa impulsividade e caro até. Não estou dizendo que foi culpa delas. A culpa foi toda minha, falta de personalidade, falta de bom senso, burrice mesmo. Eu já tinha meus próprios tratamentos para quê eu fui comprar algo que eu nem conhecia? Me senti tão fútil Karen, tão lograda por mim mesma, com um único objetivo, me parecer com uma blogueira linda e bem sucedida. Hoje repensei bastante minha idas e vindas pelos blogs, vou procurar fazer uma seleção do que me acrescenta de verdade, não quero seu uma louca compradora compulsiva e detesto sentir aquela sensação de que eu estava tentando ficar parecida com alguém. A propósito meu cabelo é crespo, eu faço relaxamento e na quinta eu tonalizei, de vermelho intenso kkk, a ousadia mora em mim às vezes, mas porque eu quis sabe? Não vi ninguém, ninguém deu ideia, eu gostei assim, tenho pele negra e me sinto muitas vezes ‘boiando’ em um mundo que não me pertence com muitas moças brancas, algumas lindas, muitas ricas, bem sucedidas “financeiramente falando” e que nos passam a ideia de que ser feliz é apenas isso, ter, poder, comprar. Desculpe o desabafo. Acho que estou falando com você, por que achei espaço, você permitiu que eu dissesse o que penso a respeito do ‘cabelo ruim’.
Karen, querida não suporto essa desigualdade gritante em nosso mundo, não vejo a hora disso acabar, não sou ativista, militante, nem nada disso, sou uma pessoa normal, com coisas normais, com pensamentos normais talvez.
Um beijo enormeeeeee, seu post de hoje me deu vontade de voltar aqui amanhã. Uma luz entende? Ainda tem jeito...
Lindo post!!Super reflexão, parabéns Karen!!
Ah, o esmalte que usei é o Splash of Grenadine.
Bjs das gurias
www.gauchasnamoda.blogspot.com
Olá karen,boa noite...Concordo com tudo que você falou.Mas muitas mulheres em busca da afirmação de si mesmas recorrem à diferentes padrões de beleza e acabam alienadas pelo o que a sociedade considera belo.Todas nós de uma forma ou de outra também nos moldamos para estarmos belas para sermos aceitas entre as pessoas,o próprio modo de nos vestirmos já é um modo de nos afirmarmos para nos sentirmos bem e belas.A questão do cabelo ruim realmente é uma imposição do que é considerado bom pela visão dos dominantes,situando isso numa questão histórica que logicamente você conhece mais do que eu:"Sabemos que a nossa história foi construída através da imposição dos dominantes,que no caso eram europeus e todos com cabelos lisos.Já os escravos que eram considerados coisas na sociedade possuiam seus cabelos crespos.Então cabelo bom é o liso, pois os europeus eram os dominadores,os "bons" e cabelo ruim eram os dos negros(dominados)pois não eram considerados e portanto segundo os europeus nem tinham alma.Mas se os dominadores fossem os escravos e os dominados os europeus a história com certeza seria diferente, pois a sociedade que vivemos é composta pela visão dos dominantes e não dos dominados.
Eu confesso que em relação à beleza eu sou um pouco contaminada por certos padrões que a sociedade impõe,mas na verdade é por me fazer bem como:"eu busco um corpo ideal para mim,mais por um padrão estético,para me sentir bem ao usar qualquer roupa.Agora eu acho que até estou bem nisso,só preciso de fazer uns exercícios físicos para ficar ideal para mim,não para os outros.Sempre falo que me arrumo para mim,não para os outros.Se eu experimentar uma maquiagem e achar que fica bem em mim,eu continuo usando,caso contrário eu deixo de usar.Costumo dizer que sou muito flexível às coisas que me agradam mas porém de uma forma ou de outra sempre quis usar mas nem tive curiosidade,igual à pirciengs,sempre tive vontade de ter um na sombracelha,mas morro de medo de agulhas,isso que acaba influenciando um pouco no estilo de cada um,o medo, ou físico mesmo ou de ser questionado pelos outros.
Na verdade não deveria existir essas definição de belo e feio,pois cada cultura considera um padrão específico de beleza.Se uma modelo do Brasil for para China e colocá-la diante uma chinesa e perguntar para os habitantes de lá qual é mais bonita,logicamente que responderiam que é a chinesa, e a resposta seria inversa se essa mesma pergunta fosse feita aqui no Brasil.Então o que é bonito?É conseguir conquistar vários "gatinhos",todos te acharem bela e a aceitarem, ou mesmo vc não se achando muito bonita,ter seus valores,seu caráter,suas preoucupações com a estética mas se sentir bem?Então esses questionamentos são bem plausíveis,mas todas somos afetadas por esses padrões contemporâneos,a diferença é que algumas perdem seus valores para viverem os da sociedade e outras mesmo sendo influenciadas por esses padrões conseguem manter seu caráter,sua inteligência, e mesmo não se sentindo muito bonitas se sentem bem da forma estética que escolheram,e isso é fundamental.Bjos...
Oi, Karen,
Apesar de ter um posicionamento polêmico acerca da questão dos direitos humanos e das leis que defendem as "minorias", resolvi comentar mesmo assim porque concordo com vc em alguns aspectos.
Concordo que vc tem que correr atrás de buscar a sua beleza, ainda que precise da ajuda de um profissional e precisa se cuidar. Concordo qdo vc questiona a questão do "cabelo ruim", apesar de ter cabelo liso e achar lindo, adoro o cabelo encaracolado das negras, vide Thaís Araújo entre outras.
Mas tem um porém aí. Qdo vc diz:
"No meu blog, o comentário campeão em frequência é: "queria usar, fica lindo em você, mas em mim fica horrível". Sempre me perguntei porque as leitoras me dizem isso... Será que as coisas que elas mais gostam só ficam boas nos outros? Por que combinam comigo e não com elas? Será que o fator que mais influencia na hora de escolher o que vestir e como se maquiar é mesmo o tom de pele, a cor do cabelo, a cor dos olhos, o tipo físico ou é o medo de errar, o medo de parecer ridícula aos olhos dos outros - os mesmos outros que criaram regras de beleza?"
Não acho que tudo que vc usa fique bom em todo mundo. Depende sim do produto, do tom de pele, do formato do rosto, de ter e saber aplicar, do tom do cabelo, depende de muita coisa...
Eu, por exemplo, não fico bem de batom vermelho porque tenho a boca rasgada dos ladinhos e acabo parecendo o Coringa. Estou pesquisando uma forma de passar o batom e o tom certo, mas não sei se um dia eu vou achar. Muito embora fique muito bem de outras cores como rosa escuro e claro, cor de boca mais amarronzado e mais avermelhado, nude...
Enfim, eu acho que vc tem que se achar, achar o que fica bem em vc e ser feliz. Apesar de julgar bem divertido ousar e sair da zona de conforto.
Mas adorei o post incitando a reflexão.
Beijocas.
"Sempre me perguntei que merda é essa de "cabelo ruim"?"
Morri de rir com essa frase!
BjoO
Oi Karen!
PARABÉNS! Vc expressou em um pequeno texto, tudo o várias mulheres sentem ,mas nunca conseguem expressar ou mesmo até gritar. Muitas delas, assim como eu, seguem certos "padrões" de beleza, que lá no fundo gostariam de abandonar mas não tem coragem por acreditarem que serão excluídas ou humilhadas.
Devemos lutar não contra esses padrões mas sim pelo que realmente é importante para nossas vidas, a Felicidade, a Saúde e o bem estar.
Muito obrigada pelo texto. Amei!
bjs.
Ótima post, Karen!!!
Afinal, o que é um cabelo ruim, né?!
Isso não existe!
Bjo
Oi Karen! vc como sempre arrebentaando! haha adoro quando vc faz posts desse tipo, acho suas opiniões únicas. =) Concordo com o que vc disse, muitas vezes reclamamos tanto de coisas que não gostamos em nós.. as vezes não paramos um segundo pra pensar no que vc falou. Esse negocio de cabelo liso é que é cabelo bom, corpo bonito é corpo magro com peito e bunda grande, nariz bonito é nariz fino, e tantas outras coisas mais não passam de padronizações idiotas
que a sociedade cria.. e, muitas vezes muitas mulheres, erroneamente acabam sendo convencidas por esses pensamentos errados de que coisa X é que é bonita, se for Y é horroroso e passam a sofrer (e ate mesmo fazer mudanças escabrosas no caso de cirurgias plasticas e etc) pra ser algo que elas não são. Isso é muito triste e é algo a ser alertado. Parabens pela inciativa de falar sobre o assunto. Beijão! Sou sua fãaa, kkkkkkk :*
Oi Karen, belo o texto, a reflexão é boa e puxa a carroça da mudança. Ou ajuda a puxar sei lá.
Talvez eu esteja numa fase meio desanimada com o mundo, achando tão fácil e lindo falar em mudanças, mas fazer e acontecer mesmo, cadê?
Falar que cabelo "ruim" é bonito, é fácil. Ter e aceitar pode levar uma vida inteira (ou não). Aprender a se cuidar ajuda. Até hoje lembro com dor no coração dos bullyings da infância, e só ao conhecer os cosméticos e aprender a domar a juba, que eu vi que meu cabelo pode ficar bonito. Dá mais trabalho, fato que tenho que assumir, mas fica "bom" (no sentido de se comportar, ficar legal, não no sentido de liso). E isto se aplica a muitos complexos e estigmas da sociedade em geral.
Tanto é que, hoje, uma das minhas maiores resistências em usar cabelo liso (e olha que mando bem na escova) é pensar que as pessoas podem se acostumar comigo lisa e no dia que eu for enrolada acharem feio! Será que é fácil assim mudar?
Então, independente de cabelo ou corpo (por sinal o meu é magro, sorte, talvez, realmente fico bem com qualquer roupa, vejo que pra mim é fácil falar pra todo mundo aceitar o corpo, e tal, seja feliz), mas não é fácil mesmo!
A mudança verdadeira, todo mundo aceitando as diferenças, um jeito United Colors of Benneton, tá distante. E, como disse, pode ser fase da vida, mas meio que vejo uma ilusão, utopia... Falar é fácil, repito, mudar tudo isto vai ser longo caminho.
Quanto à maquiagem, acostumar com cores é uma coisa mais leve. Ver que todo mundo pode usar vermelho. O vermelho ideal de todas existe. A forma adequada a cada um também. Até a “atitude” pode até ser adquirida com o costume (eu uso batom em casa até me acostumar com a cor). Também posso decidir que não vou usar batom preto, porque pra mim, pessoalmente é demais, não porque não vou conseguir encarar o mundo. Eu que não gosto.
Mas nas cores, e só.
Nas roupas, seja feliz com seu corpo, e vou colocar uma legging justa e falar que todo mundo pode e deve usar e só ser feliz? Quem não usa está com problemas não se aceita? Ou como bem disse a Danielle aí em cima: nem tudo fica bem pra todos mesmo! Não que eu tenha entendido que você pensa isto... Sei que é uma pessoa de bom gosto e sabe diferenciar o que e onde usar. Que guarda os brilhos para uma balada, por exemplo.
Mas, primeiro, descobrir se é coragem, auto estima , falta de costume é uma coisa. Se apenas não conhece o produto (ou a roupa certa) pra chegar lá e recuperar a felicidade, outra. Porém se é algo que está enraizado lá na sociedade (cabelo bom, gordinha bonita...) é uma história mais difícil e, a meu ver, quase impossível de mudar.
Karen,
O mais engraçado de tudo isso é que eu estava tendo uma conversa com meu marido sobre padrões de beleza hoje, papo besta. E fiquei pensando que, na minha idade (olha a velha aí! - rs), eu já não procuro mais o padrão estético nas outras pessoas, mas tenho cuidado bastante da minha aparência. Mais porque curto "brincar" com as cores, usar aquele batom que corri feito louca atrás, fazer uma maquiagem diferente. Eu sei que, comparada a 2 anos atrás, eu tenho ficado mais bonita por causa da maquiagem e da preocupação com este tipo de coisa. Mas reparo cada vez menos nas pessoas à minha volta.
Vc tem razão, se levar pela moda é algo que não dará certo pra ninguém a longo prazo. Mas é difícil desfazer as amarras da sociedade, aguentar o olhar do outro. E muitas vezes a escolha "mais fácil" é se adequar. Mas é uma escolha fácil naquele momento, e um dia a gente percebe que é a escolha errada.
Beijos e parabéns pelo texto!
querida eu amei seu blog!!!....demais os swatches..amei
vc sabe aonde encontro fina flor em SP?
beijao
Oi, Karen!
Tenho pensado muito sobre essas coisas ultimamente. E acho que nunca é demais propor esse tipo de questionamento. Adorei a forma como vc fez isso!
E confesso que gosto muito desses seus posts mais reflexivos. Vc escreve super bem. :-)
Além disso, adoro seu cabelo, suas maquiagens ousadas e penso que somente as pessoas bem resolvidas (ou com maior autoconhecimento) é que realmente conseguem ter um estilo definido: o PRÓPRIO estilo. E parece que vc trilha esse caminho... ;-)
Beijos e já estou esperando ansiosa pela segunda parte! rs
muito bom esse post!
Tudo que vc disse é verdade! tbm estou cansada de ver na ruas nossas meninas mulatas, morenas, negras etc de cabelo alisado ao extremo! As meninas passam o pão que o diabo amassou pra alisar o cabelo, passam químicas super fortes que fazem mal e etc e pq? Acho legal alisar se quer variar o look um dia ou outro mas fazer aqueles alisamentos permanentes com químicas que fazem mal gente?
não! cabelo negro é lindo demais eu acho, dá pra usar de diversas maneiras, compridão como a taís araújo, curto black, pões faixas, tiaras etc fica lindo, dá pra colocar enfeites lindos que segura tudo, fazer trancinha, milhões de coisas!
Adorei o post. É isso mesmo.
Isso do fica bom em vc em mim Não é falta de costume de usar uma determinada coisa. Eu, pelo menos. Cito exemplo do batom vermelho. Adoro nos outros, mas em mim, não, pq fico preocupada se tá borrado, se tá saindo...
De resto, sou como sou e não me importo muito com a opinIão alheia, mas já me importei, qdo era adolescente, principalmente.
É, eu tenho 12!! Dá trabalho, sim! Um, dois, 4, 12 hahaha
Mas é bom, né?
Bjsss
Raquel, obrigada! BJK
Obrigada pequena! Boa semana para vc! bj
Juliana, que bom! Fiquei muito feliz com seu comentário! Muito legal encontrar reciprocidade na internet, pois tb gosto muito dos seus blogs! bj
Obrigada Ana Lu! Bom te ver por aqui! BJK
Vinha, assim que puder responderei a tag viu? bj
Denise, obrigada! Sinto falta de falar sobre a beleza, acho importante refletir sobre ela...bj e ótima semana
Lis, fique à vontade, a casa é sua! Sempre que quiser, pode dar a sua opinião, desabafar! bjk
Karina e Kátia, obrigada! QUanto ao esmalte, achei mesmo que fosse o splash... ele é lindo! bj
Tati, o fundamental é refletirmos em relação às nossas escolhas! BJ
Danielle, penso que tirando produtos para tipos de pele, maquiagem é sim questão de costume. Se crescessemos numa sociedade que considerasse verde a cor mais bonita de batom, a maior parte de nós usaria e gostaria.De toda forma, cada um tem uma opinião e eu respeito a sua! Obrigada por comentar! BJK grande
Nanna, é verdade! Acho isso uma merda! Rssss. bjk
Claudia, concordo contigo. Os padrões são importantes, mas temos que ter consicência das motivações de nossas ações! bj
ANinha, pode existir cabelo mal-tratado, não cabelo ruim! VC É MUITO SORTUDA!!!!RSS bj
OI PRI! Obrigada pelo carinho! BJK
Carlinha, concordo com vc que as mudanças são difíceis e lentas, mas não concordo que seja impossível mudar certos padrões. Quantos mudaram da geração de nossos avós para a nossa? A sociedade nunca será perfeita, mas muda sempre, mesmo que um indivíduo não consiga perceber as mudanças. Sei que vislumbrar nossa sociedade hj nos deixa desanimados e descrentes, mas acredito que toda grande mudança acontece assim: primeiro uns poucos falam dela, depois muitos, depois o falar se transforma em agir. Não fosse isso viveríamos ainda na idade da pedra!
Acredito que realmente será difícil alcançarmos o dia em que todos deixem de lado preconceitos e passem a aceitar os demais. Sempre haverá quem não aceita a diferença, mas é possível que, de uma forma geral, a sociedade mude sua orientação. Décadas atrás não se podia falar em homossexualidade. HJ ainda há muitas barreiras, mas já vemos vários setores da sociedade se abrirem para aceitar a diversidade de orientações sexuais.Por tudo isso, não desanimo e continuo falando que considero as mudanças importantes e não impossíveis, Poderia te dar vários exemplos aqui de como coisas que jamais se pensou que podiam mudar se transformaram radicalmente nas sociedades ao longo do tempo. Sempre haverá padrões predominantes e a aceitação pode um dia vir a ser um padrão dominante ou pelo menos fazer parte da visão de mundo de uma grande quantidade de pessoas.
Acho que falar é mais fácil que fazer sim, mas é o primeiro passo.Só quando as pessoas se convencem de uma ideia nova passam a agir conforme.
Ainda sim, insisto que se a nossa sociedade achasse que bonitas são as mulheres bem gordas usando roupas justas, a maioria de nós não teria a percepção de "legging não fica bom nas gordinhas".
Também não quis dizer que TODAS as mulheres que deixam de usar algo agem assim por medo do ridículo. Escrevi o texto como uma pergunta, uma interrogação, não como uma afirmação. Cabe a cada um pensar quais são seus reais motivos. Pode ser que a pessoa não goste mesmo de tal coisa e ponto, mas há casos em que mesmo gostando, não usa porque não acha que vai ficar legal, mesmo que a maioria ache que combina com a pessoa. Já vi meninas supermagras dizendo que precisavam perder 5 kilos para entrar no biquini...
Aliás, eu acho legging feio em qualquer pessoa, gorda ou magra...
Enfim, é por aí! BJK e ótima semana
Dáfni, com certeza émuito difícil termos ações e gosto totalmente alheios aos padrões.MAs é importante pensarmos sobre pq usamos ou não usamos algo, pq agimos de certa forma. Bjk
Sté, obrigada! Infelizmente não sei. Entre em contato com eles através do site. bj
Pri, jajá coloco no ar a segunda parte! Obrigada mesmo! Tb acho muito bons seus posts de reflexão! bjk
Antonia, acho ruim que muitas negras alisem os cabelos sem pensar no porque agem assim... se é porque gostam, ok. Eu mesma pinto meu cabelo de vermelho. O problema é quando usam por não se aceitarem, por acharem seus cabelos feios porque aprenderam assim. No mais qualquer cabelo deve ser bem tratado, é isso que o deixa feio ou bonito. bj
Vanessa, obrigada! Gato é tudo de bom! Queria mais, mas moro em apto! Sem falar que cuidar e vacinar todos é bem difícil, trabalhoso e caro! BJK
Tbm respeito a sua, por isso gosto e leio o seu blog, apesar de achar que há sim um padrão de beleza. E respeitá-lo é uma regra.
Eu sou a favor das regras.
:)
Beijocas.
Danielle, tb sou a favor das regras, mas acho que algumas, como as estéticas, podem ser subvertidas... Obrigada por dar sua opinião aqui, querida! Me conta que loja é essa! VC já comprou algum holo? É da Sancion Angel? Quero muito bj
Nós mulheres temos que nos conscientizar que beleza é algo que vem de dentro pra fora! pq de que adianta a embalagem ser linda.. e o conteúdo fraco?! e temos que ver que para que alguém goste da gente e nos ame... precisamos nos amar e nos aceitar primeiro! Ameiiiii seus posts!
Karen! Esses teus posts "fecharam!" O que é cabelo ruim??? Nós negras sempre fomos tachadas de possuirem cabelo ruim, mas nunca tive essa concepção. Nosso cabelo obedece aos nossos padrões raciais, bem como a cor de nossa pele, nosso nariz...e por aí vai. Vc disse e como estudiosa que é sobre o assunto, nós, negros, mulheres, brasileiros, latinos, sempre fomos considerados inferiores, que tinham que seguir os padrões estéticos, culturais, religiosos dos caucasianos, brancos desde sua dominação sobre esses povos. De lá pra cá só foram mudando os tipos de tortura.
Mas isso da questão estética, influencia demais, nós mulheres, de fato, temos que ter muita personalidade para sair dos padrões e ser o que realmente se é. Muitas vezes a mídia chega a ser cruel e aí vemos tantos casos de meninas aneroxas, com bulimia e outros distúrbios ou fazendo outras loucuras pra se enquadrarem ao modelo seca.
Vc disse tudo, creio que todas nós, ao nosso jeito temos que deixar nossa marca positiva nesse mundo, fazer a diferença!
Abraços!!!
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